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domingo, 26 de setembro de 2010

E-mail de Santa Catarina

Meus amigos, recebi um e-mail de colegas do BB de Santa Catarina e achei alguns trechos interessantes, os quais transcrevo e, espero, que os colegas não achem ruim.

"Comitê de Ética do BB: coisa para “inglês ver”?

Rubem Machado e Raymundo Martins, bancários do BB

A idéia é das mais nobres: instalar um Comitê de Ética no Banco do Brasil que apure e dê respostas às ocorrências cada vez mais freqüentes de abusos e desvios comportamentais que adoecem os bancários.

Na semana decisiva, em que se elegem as pessoas que irão fazer parte deste Comitê, os candidatos e eleitores ainda se perguntam: Como irá atuar o Comitê? Que grau de poder ele terá para resolver problemas? Em que medidas a averiguação desses problemas dará base para políticas preventivas? Será um Comitê com dados e resultados transparentes?...No primeiro dia de votação apareceram outras dúvidas entre os eleitores: Em quem devo votar???...De onde surgiu e qual o por quê deste Comitê???...Parêntesis...Ficção Social: Diz a rádio corredor...“Alguém” do Ministério Público, por conta da enorme quantidade de denúncias sobre assédio moral no Banco do Brasil, pedira para “Outrem” do BB, que fizesse alguma coisa...mas é pura ficção...imagina...uma empresa que montasse um Comitê dessa maneira estaria decretando sua falência moral...ou na linguagem popular...”pregando moral de cuecas”...mas é pura ficção.

Então, nada disso tem respostas. Ficam claros dois fatos. Primeiro: Fica a impressão, que prevalece a brincadeira (bem séria), quando um grupo de pessoas ou instituições, que não pretende decidir nem resolver nada... forma uma Comissão! Por exemplo: Comitê do PCCS. Segundo: é que, neste tal Comitê, as pessoas críticas, que efetivamente desejam desnudar o lado sombrio das relações de trabalho no BB, simplesmente não estão sendo levadas a sério. Bancário de luta não é fantoche ou marionete, nem está disposto a fazer de conta, que sentado em uma mesa é ouvido na condição de representante da categoria. Aí é mesa de enrolação...Parêntesis: Isso lembra dissídio coletivo...(onde está a ética salarial?) Por tudo isso, cheira a farsa, lamentavelmente.

Todos se lembram da luta dos bancários quando houve a incorporação do BESC pelo Banco do Brasil. A briga foi intensa. O povo catarinense perderá uma rede de serviços bancários que está presente em todos os municípios. Os bancários do BESC acharam, apesar de tudo, que seriam acolhidos como trabalhadores do BB, respeitados em seus direitos e em sua história. Grande engano.

Uma dolorosa prova de que isso não aconteceu se dá no processo de instalação do Comitê. O normativo interno foi elaborado de forma totalmente unilateral pelo banco, sem qualquer participação do movimento sindical. Tão absurdo quanto isso, foi a exigência de só poder participar funcionários com mais de dez anos de Banco. Ora, essa medida, além de excluir os empregados mais novos, impede a participação de qualquer colega vindo dos Bancos incorporados a partir de 2008 (BEP, BESC e Nossa Caixa). O BB até hoje não reconhece o tempo pregresso de serviço que esses colegas exerceram em suas instituições de origem, quanto ao tempo de serviço dos “da casa” já não reconhecia(anuênios congelados), o que dirá destes( onde está a responsabilidade sócio-ambiental? Não deveria começar “em casa”).

Aqui, no caso do BESC, muitos colegas que gostariam de formar chapa e fazer parte do processo eleitoral foram discriminados. Todo o seu saber acumulado em anos de trabalho e dedicação, de olhar atento à dura realidade dos assédios, da falta de respeito, do trabalho excessivo, é simplesmente ignorada(Posso votar; mas não, me candidatar. Onde está a ética eleitoral?).

No que esse Comitê vai dar, o tempo dirá. Mas fiquemos atentos. Não é dele que virão as respostas que só se concretizam na luta fraterna dos trabalhadores, como mostra a HISTÓRIA."

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