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Em comunicado interno, direção do BB tenta desqualificar a greve e confunde funcionalismo |
Qua, 05 de Outubro de 2011 |
Em novo comunicado aos funcionários, encaminhado no dia 30 de setembro, a direção do Banco do Brasil voltou a confrontar de maneira ácida o movimento grevista. No Boletim Pessoal 45 - Mensagem aos funcionários, o diretor de Relações com os Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Eduardo Leal Neri, diz que o banco reafirma sua “satisfação em ver a maioria do funcionalismo confiando no processo negocial sem conflito”, numa clara tentativa de desqualificar todo o processo negocial e a greve da categoria, que foi deflagrada justamente por falta de propostas que atendam as reivindicações dos trabalhadores. “Se o banco realmente tinha interesse no diálogo, por que ameaçou em mesa de negociação o desconto de dias parados, num momento em que buscávamos uma contraproposta da empresa para nossa pauta?”, questiona o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Eduardo Araújo. Outra tentativa de confundir os trabalhadores vem no texto de forma irresponsável: “Não paramos de conversar nem mesmo no final de semana. Não faltará empenho por parte do Banco do Brasil em buscar o acordo com as entidades de representação dos bancários”. “Como pode um texto escrito e disparado na sexta falar de conversas no final de semana? Com quem não parou de conversar?”, pergunta Araújo. “É nosso dever deixar claro aos bancários que o empenho demonstrado de fato pela direção do banco, até o momento, foi o de dizer que vai excluir a cláusula que garante três ciclos avaliatórios para descomissionamento por desempenho e de negar a discussão da jornada de 6 horas e do plano de cargos comissionados, objeto sagrado e intocável da Direo”, acrescenta. O movimento sindical espera que o banco venha realmente fazer “conversas” com os trabalhadores na mesa de negociação, apresentando suas posições definitivas sobre as nossas reivindicações. “Trabalhamos o ano inteiro para essa empresa, gerando resultados cada vez maiores, mas a diretoria do banco está interessada na subserviência ou no medo do funcionalismo, que é oprimido com as metas abusivas diariamente. Contra isso nossa resposta é ampliar a greve!”, conclui Araújo. Leia abaixo a carta da direção do BB na íntegra: "Colegas A negociação segue. A representação dos bancários, a Fenaban e o Banco do Brasil estão em debate permanente no sentido de buscar o entendimento sobre algumas questões importantes, que precisam ser resolvidas antes de se apresentar uma proposta global. Os cálculos para concluirmos os estudos e apresentarmos proposta para o acordo da PLR estão em fase de conclusão. Apesar disso, o funcionalismo sabe que um dos módulos de nossa PLR é baseado na Fenaban e, portanto, não temos como terminar nossos cálculos sem a conclusão da negociação na mesa única. Não paramos de conversar nem mesmo no final de semana. Não faltará empenho por parte do Banco do Brasil em buscar o acordo com as entidades de representação dos bancários. Reafirmamos nossa satisfação em ver a maioria do funcionalismo confiando no processo negocial sem conflito, comparecendo pacificamente a seus locais de trabalho, certos de que chegaremos a um entendimento breve. Carlos Eduardo Leal Neri Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas” Da Redação" P.S.: Não foi esse diretor (???) que negou tudo peremptoriamente e ainda disse que iria descontar os dias da greve? Agora ele está conversando.....ridículo. |
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