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A greve nacional
bancária continua forte, chegando ao 17° dia. Finalmente, a FENABAN marcou negociação para hoje,
às 16 horas, e o BB e a Caixa para 18 horas. A negociação mostra a pressão da
greve sobre os bancos, mas temos que estar em alerta, pois, a exemplo do que ocorreu
nos últimos anos, o sindicato pode vir a apoiar a aceitação de uma proposta aquém
do que podemos conquistar.
Não podemos aceitar
que o governo continue atacando o direito à greve. Dilma está tentando impor o
desconto dos dias parados, como fez com os colegas dos correios para penalizar
todos os que fizeram greve e derrotar todos os trabalhadores do país. A
tentativa de disciplinar o movimento grevista tem uma clara intenção: evitar
movimentos nos próximos anos e obrigar os trabalhadores a pagar pela crise
econômica mundial que ainda nem chegou ao país.
A nossa resposta deve ser a mesma que está sendo dada pelos
trabalhadores europeus aos governos que tentam impor as medidas de ajuste
fiscal como saída para a crise econômica que eles enfrentam hoje. Os
trabalhadores estão “indignados” e transformaram esta indignação em luta
ocupando as ruas e praças da Europa. Devemos fazer como as milhares de pessoas
que hoje ocupam Wall Street contra os lucros dos bancos e o 1% da população que
detém a maior parte da riqueza do país.
Participe das atividades para fortalecer a
greve
Este é um momento importante, no qual devemos fortalecer a greve. É
necessária a presença de todos os bancários nos piquetes e nas assembléias. Sobretudo
na assembléia de amanhã que deverá avaliar a proposta da negociação de hoje.
Não podemos deixar a decisão sobre o acordo e a continuidade da greve nas mãos
dos diretores do sindicato ou do banco, através dos seus administradores que
são convocados para a assembléia para acabar com nosso movimento.
Precisamos da
participação dos bancários em greve para alcançarmos a vitória. Todos os dias
temos ativistas no prédio do Sedan (Rua Senador Dantas, 105) e no Complexo do
Andaraí (Rua Barão de São Francisco, 177). Incorpore-se a esta luta que é por
todos nós!
É fundamental a presença
de todos na assembléia que ocorrerá ao final do dia de amanhã.
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REUNIÃO ABERTA
A TODOS OS GREVISTAS
Venha avaliar conosco a
situação da greve
e debater propostas para a
assembléia
6ª feira – 14/10/11 -
15h - Sede CSP/Conlutas
Rua Evaristo da Veiga 16 – 17°
andar (cobertura)
(ao lado da ag. Cinelândia do
BB)
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TEXTO ESCRITO POR UM FUNCIONÁRIO
DO BB
Enquanto a população de Nova York
está nas ruas, manifestando sua indignação contra Wall Street,
nosso governo endurece o jogo internamente contra a classe trabalhadora e
manifesta sua intenção de oferecer ajuda à União Européia. Ocorre que os países
que estão em dificuldades na Europa são aqueles que aderiram à unificação do
Euro e que possuíam uma economia mais fraca e atrelada à uma conjuntura
rural, tais como Grécia, Portugal, Irlanda, etc. Obviamente saíram perdendo com
a instauração do padrão-euro. Os big-shots da União Européia (
Alemanha, França ) são países fortemente INDUSTRIALIZADOS e devem estar
achando uma graça danada da manifestação de apreço de nossa presidente. Só
falta agora a Dilma enviar uma mensagem para o Obama, declarando que
também quer ajudar a socorrer os bancos norte-americanos. Os zilhões de
dólares gastos com inúmeras guerras e com a farra dos bancos
yankees fêz com que 34% da riqueza dos Estados Unidos ficasse
concentrada nas mãos de UM POR CENTO da população. Considerando
que os USA possuem e ainda possuirão por muitos e muitos anos o maior PIB
do mundo, imaginem quanto isto representa em dólares. Eu pergunto: quanto
será essa porcentagem no Brasil, que possui um dos PIORES índices de
distribuição de renda do planeta ? Vejam matéria publicada em
25 de julho de 2010:
“Nosso país, infelizmente,
encontra-se em situação extremamente desconfortável no cenário mundial em
matéria de distribuição de renda. Segundo estudo da ONU, divulgado pela
repórter Carolina Brígido, no Globo de 23 de julho, ocupamos a terceira pior
posição, ao lado do Equador e abaixo – vejam só os leitores – até de Uganda. Na
América do Sul, perdemos disparado para a Argentina, e também para o Chile e o
Uruguai. E deduz-se: se estamos mal no campo da distribuição, pior
ainda no plano da concentração. Sem dúvida. Uma coisa leva à outra, pois não
existe débito sem crédito. Se alguns acumularam é porque muitos perderam. Não
se trata de recorrer à dialética marxista. Ao contrário. Trata-se de colocar o
problema sob o ângulo cristão. A desigualdade social é muito maior no Brasil.
Basta dizer que 50% dos quase 59 milhões de domicílios que possuímos não são
atendidos por rede tratada de esgotos. O déficit habitacional está em torno de
12 milhões de moradias, equivalendo a praticamente 50 milhões de pessoas. O
salário mínimo é baixíssimo em comparação com os de países mais desenvolvidos.
O salário médio, também: segundo o IBGE, 1 mil e 300 reais por mês."
A pesquisa alardeada pelo governo
serve apenas a propósitos eleitorais. Aproveita-se da difusão da
informação que milhões emanciparam-se da miséria absoluta. Tal
emancipação é verdadeira somente do ponto de vista meramente estatístico.
Milhões que possuíam apenas uma miserável renda informal, saíram das
tabelas de miséria absoluta, por conta das bolsas governamentais, para as de
baixíssima renda.
Estes fatos precisam ser divulgados
para o público, visto que nossa campanha precisa do apoio da população.
Creio que no
Brasil DEZ POR
CENTO da população possui CINQUENTA POR CENTO da riqueza do país. E
CINQUENTA POR CENTO do povo detem apenas DEZ POR CENTO do bolo.
Quanto dessa riqueza é destinada aos BANCOS???
Diante deste quadro, só nos resta
vestir camisetas e portar cartazes e bandeiras que contenham o mesmo slogan do
pessoal
de New York :
" TRABALHE,......CONSUMA,...... FIQUE CALADO,........E MORRA !
"
(
WORK,....CONSUME,.....BE SILENT,.....AND DIE ! )"
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